Lá dentro era como entrar num sótão de uma casa antiga e descobrir uma arca... três vultos de barcos tapados por lonas, mastros, retrancas, paus de espicha, lemes... palamenta cuidada, brilhante de tão bem tratada e uma aiola reluzente contrastavam com o velho e ferrugento armazém abandonado . Ali estavam adormecidos nos berços ferrugentos pelo sono eterno dos que deles já cuidaram, três catraios que em tempos homenagearam filhas, mães ou mulheres: Salete, Amélia e... a Ana Paula.
Por trás da porta, uma velha máquina Singer sem nexo jazia no chão por entre paus e tábuas: - Foi a maré que a trouxe...Alguma mulher que se fartou da vida que levava e a atirou ao rio! Disse um daqueles dois homens ainda atordoados com a nossa chegada inesperada. Nas suas mão eram visíveis as marcas de quem, todos os anos, à força de braços, recolhe e devolve ao Tejo as duas magníficas pérolas polidas: o “Ricardo” e o “Sempre se fez”.
6 comentários:
Está a decorrer o terceiro passatempo com prémio do Atlântico Azul! You are welcome to participate in the third quiz with prize of Atlântico Azul!
de facto , e pena que esses pobres catraios estejam a apodereçer..
Olá Rabanete,
Os catraios estão parados, a precisar de alguma obra mas não estão a apodrecer. Estão debaixo de telha protegidos. O problema é que os seus donos já morreram e os familiares não decidem o que devem fazer com os barcos.
Todos os que têm donos vivos, estão num brinco...
Então eles que vedam
os barcos, ou entao começem a navegar neles... venham á moita que nos tratamos disso.
Esses catraios um dele estou a ver se consigo ficar com ele. Para poder ir na regata real no ano de 2008.
Dos dois catraios que estão parados um deles está á venda ,quem quiser é só entrar em contacto comigo que eu informo os vendedores. Tem 6m, cabine, aparelha de retranca e carangueija mas não tem velas.se for preciso arranjo fotos
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