Parte Primeira: Descobrir o Ginjal

Pelas 10:00 da manhã já cruzavamos a poerenta multidão do Avante rumo ao Ginjal... entre o sono e o cansaço, o entusiasmo da viagem lá ia esgrimindo o seu espaço e, há medida que o espaço entre um carro e outro aumentava, a confusão da saída deu lugar ao espírito de descoberta e, pouco menos de uma hora depois, lá estávamos nós por entre as estreitas ruas de Almada Velha.

Já a pé, passamos pelo Miradouro da Boca do Vento. Por entre os velhos casarios espalhados pela encosta e à medida que desciamos umas estreitas escadas de pedra escorregadia cheirava a figueiras, pinheiros , terra húmida e cada vez mais a maresia... chegamos à beira mar!... um magnífico guindaste de ferro, bem oleado, firmemente agarrado à muralha de pedra dizia-nos que, por alí, iríamos encontrar barcos. E lá estam eles... dois catraios com uns 6 metros deixados ao ferro a ver Lisboa.

Encontramos os Catraios do Cais do Ginjal!