sábado, 24 de maio de 2008

A Marinha do Tejo

A ideia nasceu durante a visita de S.Exa o SEDNAM ao stand da ANMPN e do CNM - Centro Náutico Moitense na Nauticampo 2008, onde o Sr. Secretário de Estado tomou conhecimento do trabalho que está a ser efectuado na recuperação das embarcações típicas do Tejo, e da necessidade de obter um enquadramento ao nível do Governo que permita incentivar e promover o seu desenvolvimento.


A abertura demonstrada pelo Sr. Secretário de Estado, e o trabalho que a partir desse dia foi desenvolvido, permitiram a concretização de um sonho, dignificando todos aqueles que, de forma abnegada, têm vindo a lutar pela preservação das embarcações típicas do Tejo, colocando-as de novo a navegar no magnífico estuário do Tejo, de onde Vasco da Gama zarpou há cinco séculos para a descoberta de novos mundos.

Antes de passarmos ao conteúdo do Despacho propriamente dito, queríamos agradecer ao Sr. Dr. João Mira Gomes - Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, ao Sr. Almirante Monteiro Montenegro, que nas fotografias acima na Nauticampo estava em representação do Sr. CEMA, ao Sr. Cte Paulo Sousa Costa e Sr. Dr. Luís Silveira Botelho do Gabinete do Sr. SEDNAM, e ao Sr. Cte Rodrigues Pereira - Director do Museu da Marinha, registando publicamente o elevado profissionalismo e dedicação de todos para a concretização deste marco histórico que permitiu institucionalizar a "Marinha do Tejo", no aniversário da chegada da frota dos navegadores portugueses comandados por Vasco da Gama a terras do oriente.
Fonte: site da ANMPN

Marinha do Tejo: O Despacho



DESPACHO


O significado histórico-cultural da “Marinha do Tejo” traduz aspectos que reflectem bem a nossa identidade nacional e o que há de mais genuíno nas nossas populações ribeirinhas.

A “Marinha do Tejo” é o nome por que ficaram conhecidas as embarcações e a comunidade de marítimos e de artífices, que navegavam e habitavam ao longo das suas margens.



Homens de trabalho, com a sua acção, definiram a geografia de um País e moldaram uma Nação. É já dessa Nação o regimento de barqueiros de 1527, antepassados remotos daquela Marinha.


E foi essa Marinha que teve um papel decisivo na defesa do País no início do século XIX e contribuiu determinantemente para a protecção da cidade de Lisboa.

A “Marinha do Tejo” tem sido perpetuada até aos dias de hoje através de um trabalho generoso e dedicado que transmite às gerações mais jovens a sabedoria dos saberes fruto de séculos de experiência viva. Cumpre, por isso, adoptar medidas adequadas para a preservação e valorização desta parte da história do Tejo através da constituição de um pólo vivo do Museu de Marinha.



Por conseguinte, face à necessidade em estabelecer alguns princípios orientadores que contribuam para preservar o significado histórico-cultural da “Marinha do Tejo” e dinamizar a sua acção, determino o seguinte:



  • Que a Marinha, através do respectivo museu, avalie a possibilidade de acolher e dinamizar as iniciativas relacionadas com a “Marinha do Tejo”, promovendo, para o efeito, os esforços necessários para que esta constitua um pólo vivo do seu Museu.


  • Que seja equacionada a criação de uma Comissão composta por representantes de entidades directamente associadas à “Marinha do Tejo”, designadamente, do Museu de Marinha, da Academia de Marinha, da Sociedade de Geografia de Lisboa, da Capitania do Porto de Lisboa, do Centro Náutico Moitense, da Associação Naval Sarilhense e da Associação de Proprietários e Arrais das Embarcações Típicas do Tejo, com o objectivo de avaliar e deliberar sobre a concepção secular dessas embarcações e o seu grau de conformação, de acordo com regras a estabelecer em regulamento próprio.


  • Que no quadro desse regulamento sejam estabelecidas normas e regras que possibilitem delimitar as características que as embarcações devem revestir para se candidatarem junto da Comissão.


  • Que da “Marinha do Tejo” façam parte as embarcações, proprietários e arrais que, em cada ano, se encontrem registados no livro da “Marinha do Tejo” o qual será mantido no Museu de Marinha, em exposição ao público.


  • Que sejam promovidos todos os esforços no sentido de possibilitar um tratamento específico para este tipo de embarcações, de modo a incentivar a continuação de saberes de construção não só destas embarcações como dos seus diversos componentes.

Lisboa, 20 de Maio de 2008


O Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar

João Mira Gomes

segunda-feira, 12 de maio de 2008

II Encontro de embarcações tradicionais do Seixal

De 16 a 20 de Maio tem lugar mais um Maio Património, um conjunto de eventos que realça os principais projectos de salvaguarda e de valorização patrimonial e que inclui o 2.º Encontro de Embarcações Tradicionais na Baía do Seixal e a Noite dos Museus. O evento traz milhares de pessoas à Baía do Seixal, que fica nestes dias transformada num espaço de lazer, dentro e fora de água.

O 2.º Encontro de Embarcações Tradicionais do Tejo conta este ano com a participação de cerca de 45 barcos, entre os quais um carocho do Rio Minho, uma catraia de Vila do Conde, um moliceiro da Ria de Aveiro, uma canoa de pesca do Montijo, um galeão do sal de Cascais e uma catraia de Esposende. Das embarcações típicas do estuário do Tejo vão estar presentes as canoas, os catraios, os varinos, os botes de fragata e a lancha fragateira.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

SENHORA DO CAIS




E pronto! Já está na àgua! A Senhora do Cais já navega! Aliás, ainda faltam algumas coisas, mas com calma havemos de conseguir! O primeiro obstáculo já foi ultrapassado... Agora, são os acabamentos, bastante importantes, por sinal!
Um dia a não esquecer! Regado com muito champanhe e muita alegria!
Rio Tejo! Aí vamos nós....
Saudações náuticas!
Rute & João