terça-feira, 20 de novembro de 2007

... sobre o Tejo

O azul do céu de Lisboa deu lugar ao cinza das nuvens carregadas de água. Entre carros, alternando a primeira com a segunda, a marcha lenta castiga o dia que começa num parado movimento frenético de quase nada.

Da rádio soa aquilo que os meus olhos vêm: nada de novo... São sete da manhã, estou dentro do carro há uma hora, chove, Lisboa parece cada vez mais longe e a gravata cada vez mais apertada.

Da ponte, por entre carros, avisto uma nesga de Tejo rasgado pela espuma branca de um cacilheiro. Esgueiro-me por entre carros... mas já não o vejo mais. Atravessando colinas fica para trás o Tejo, os barcos, as velas, os cacilheiros... e casa é só mais uma palavra.

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