domingo, 11 de novembro de 2007

Earth race...

Para aqueles que começaram a pensar que eu iria escrever sobre uma máquina de uma história qualquer de Junio Verne, enganem-se!
Andam por águas lusas, uns senhores a apregoar a "corrida da terra", uma odisseia sobre água, à volta do mundo em 60 dias, nestas fantásticas máquinas que, alegadamente, fazem um favor à humanidade, deslocando-se consumindo biodiesel... Ora que tão ecológicos são estes senhores... o biodiesel!
Bom... não tenho tempo nem paciência para ser simpático! Vêm estes imbecis, com uma grande lata - a deles e aquela que vos apresento na foto - mostrar ao povo que - de velas abertas, e ao sabor do vento - deu novos mundos ao mundo, uma forma ecológica do homem caminhar sobre o planeta. Tenham santa paciência! Desenvolvam lá o raio do lobby do biodiesel mas não se armem em ilusionistas connosco.
Não é preciso ser profeta para ver o futuro... no passado andamos ao sabor do preço do ouro e do carvão, no presente... o preço do barril do petróleo dita a agitação dos mercados, amanhã será o biodiesel... e logo depois... logo, logo e se conseguirmos lá chegar com as características que hoje temos... o hidrogénio. Pelo caminho, a humanidade que se lixe, porque nunca ninguém conseguirá cobrar imposto pelo uso do vento...
É o culto do Mad-Max no seu melhor!

3 comentários:

Bluegrowth disse...

Ao promover o biodiesel – tal como faz a UE, os governos britânico e dos EUA e milhares de ambientalistas – poderia imaginar-se que se estava a criar um mercado para os desperdícios do óleo usados das frituras, ou para o óleo de semente de colza, ou para o óleo das algas que crescem nas lagoas dos desertos. Na realidade está a criar-se um mercado para a plantação mais destrutiva da Terra.

Em Setembro, os Amigos da Terra (Friends of the Earth) publicaram um relatório sobre o impacto da produção de óleo de palma. "Entre 1985 e 2000", concluía-se, "o desenvolvimento das plantações de óleo de palma foi responsável por uma desflorestação na Malásia estimada em 87%. Em Sumatra e no Bornéu, cerca de 4 milhões de hectares de floresta foram convertidos em plantações de palmeiras. Agora está projectada a liquidação de mais 6 milhões de hectares na Malásia, e outros 16,5 milhões na Indonésia.

Quase toda a floresta remanescente está em risco. Até o famoso Parque Nacional Tanjung Puting em Kalimantan está a ser desvastado pelos colonos do óleo. O orangotango provavelmente desaparecerá da floresta. Os rinocerontes, os tigres, os macacos probóscides, os tapires e milhares de outras espécies podem ter o mesmo destino. Milhares de indígenas foram expulsos das suas terras, e cerca de 500 indonésios foram torturados quando tentaram resistir. Os incêndios florestais que de vez em quando sufocam a região com smog são iniciados sobretudo por plantadores de palma. Toda a região está a ser transformada num gigantesco campo de óleo vegetal.

Raquel Sabino Pereira disse...

Se os «outros» são tupperwares, estes são... estes são... falta-me a palavra!!!

Joao Quaresma disse...

«porque nunca ninguém conseguirá cobrar imposto pelo uso do vento...»

Não? Nunca menospreze a capacidade de lançar novos impostos.

Se um dia resolvêssemos deixar de usar o carro e andar de bicicleta, logo surgiria o imposto sobre bicicletas, triciclos e trotinetes. Se passássemos a andar só a pé, logo surgiria o imposto sobre sapatos, botas, sandálias e socas.

O Monstro precisa de ser alimentado , dê por onde der.